A extorsão através de telefonemas “falsos” funciona assim:
- um bandido/quadrilha faz um levantamento prévio dos dados de uma família: nome dos componentes da família, dados pessoais (principalmente números de telefones comerciais e/ou celulares), características físicas principais e outros dados (onde trabalha, onde estuda, locais que freqüenta etc).Quanto maior for o número de informações que tiverem, maior será sua probabilidade de sucesso no momento de aplicar o golpe.
- Em seguida faz contato com um dos membros da família (mais frágil) e informa que está com um dos outros membros seqüestrado e aí usa os dados previamente levantados como forma de dar credibilidade à conversa (engenharia social)
- Dependendo da reação de quem está sendo extorquido, poderá variar o tom da conversa: vai de uma conversa “amiga” até a ameaças de extrema violência, sempre com um objetivo: fazer com que a vítima pague um valor pela libertação do “seqüestrado”.
Para o sucesso da operação, é imprescindível aos bandidos manter a vítima em contato permanente e manter o “seqüestrado”, incomunicável.
COMO EVITAR
* Nunca atenda ao telefone dizendo “aqui é fulano que está falando.” Nunca atenda dizendo “ é da casa do fulano. Sempre pergunte “com quem quer falar?” ou “para que número ligou?”. Até se certificar com quem está falando, não se identifique. Oriente empregados e familiares a também agir assim;
* Se você usa secretária eletrônica, não deixe nome de pessoas da família gravado na mensagem;
* Nunca forneça dados da família (nomes, números de telefones, endereços de escola/trabalho, números de contas etc...) por telefone. É comum o bandido usar o próprio telefone para levantamento de informações, se passando por um prestador de serviço, por exemplo.
* Utilize serviço de identificador de chamadas.
CASO ACONTEÇA, O QUE FAZER?
Caso você venha a receber algum telefonema que mostre característica de extorsão, proceda assim:
* Tente manter-se calmo, procurando dominar a conversa, até mentindo, se a situação exigir. Pode ser que uma informação falsa faça o bandido cair em alguma contradição que o certifique que se trata de um “trote”;
* Se ainda assim não obtiver sucesso, desligue o telefone e procure ajuda de alguém de inteira confiança para auxiliá-lo na condução das negociações. Ganhar tempo é sempre importante em situações deste tipo. Pode até levar o bandido à desistência, além de permitir que você localize o parente “seqüestrado”.
* Não deixe de comunicar o fato à polícia.
Lembre-se: Pagar resgate é sempre a última providência a ser tomada em casos de seqüestros e só deve ser feito quando se esgotarem todas as tentativas de acordo. Portando, não se precipite.
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